Ciência hoje


Estudos recentes realizados nos EUA conseguiram estabelecer uma promissora linha de pesquisa voltada para uma possível cura da AIDS ao superar a latência do HIV






Pesquisadores norte-americanos conseguiram reverter a latência do vírus da aids, possibilitando que o próprio sistema imune ou até mesmo medicamentos o encontrem, segundo artigo publicado na Nature em 22 de janeiro. 
O estudo da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e da Universidade Emory, em Atlanta, foi feito em camundongos e macacos.

Eles testaram um composto chamado AZD5582 para ativar células T CD4+ infectadas latentemente em ambos os animais. O AZD5582 foi capaz de reativar o SIV latente e induzir a produção contínua de vírus no sangue, mesmo com os bichos recebendo uma terapia antirretroviral diária (Uol, 22/1).


A latência do vírus é considerada o maior obstáculo do HIV. Mesmo com a terapia anti-retroviral, o vírus continua no corpo, escondido em células do sistema imune chamadas linfócitos T CD4+. Como são esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores, o sistema de defesa vai perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Essa latência (ou esconderijo) do vírus nas células infectadas impede o reconhecimento do sistema imunológico e nenhuma terapia consegue encontrá-lo.