Transplante de ilhotas pancreáticas

Alternativa para o tratamento do diabetes tipo 1


Da esquerda para a direita: Dr. Benoît Gallix; Svetalna Bityutskaya;
Maria Renzullo; Zohra Nabbus, paciente; Dr. Steven Paraskevas;
 Marco Gasparrini; and Craig Hasilo. Photo courtesy Dave Sidaway,
The Montreal Gazette

A McGill University Health Centre (MUHC) realizou o primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas do leste do Canadá. Os pesquisadores desenvolveram um complexo processo de isolamento de células de doadores, sem cirurgia.

Este procedimento é a mais nova esperança para o tratamento de diabetes tipo 1. Considerando que atualmente o transplante de pâncreas apresenta riscos e custos significativos, envolvendo intervenção hospitalar, UTI e pós-cirúrgico de até um mês de internação.

O transplante de ilhotas pancreáticas, em estudos em diversos centros universitários especializados, é uma alternativa mais simples, realizada através da infusão de agrupamentos de células produtoras de insulina. Técnica que tem apresentado resultados extraordinários para os pacientes, segundo o Dr. Paraskevas, professor adjunto de cirurgia na McGill.

O processo no MUHC iniciou-se em maio, quando células das ilhotas foram preparadas a partir de um doador e introduzidas através de um cateter no abdômen de um paciente, sem cirurgia. Após o implante no pâncreas, o paciente passou a ser monitorado. E em poucos dias o organismo do paciente passou a produzir insulina naturalmente.

Segundo Zohra Nabbus, paciente que se submeteu ao procedimento, sua vida mudou completamente. Depois de 35 anos tendo que programar suas refeições, monitorar a glicemia e aplicar a insulina, ela se sente mais livre e segura.

Durante a última década as pesquisas fizeram da MUHC o único centro da região de Quebec capaz de isolar e transplantar células de ilhotas pancreáticas, processo já reconhecido como tratamento para diabetes no Reino Unido e na Europa.

Hoje, estima-se que aproximadamente três milhões de pessoas vivem com diabetes no Canadá, sendo que cerca de 300 mil apresentam diabetes tipo 1.

Referência (em inglês): http://publications.mcgill.ca/reporter/2015/07/38712/